O meu olhar sobre o mundo. A quem interessa? Sei lá...tem maluco pra tudo.

Dia do Índio

Então, vamos comemorar o dia do Índio. Aí você vê váaaaaarias postagens falando que eles foram massacrados pelos portugueses que aqui chegaram e por aí vai. Mas aí eu pergunto: Isso foi em 1500. Estamos em 2019. O que nós, os brasileiros, fizemos pelos índios que nos faz santos? Ficar falando mal de português e culpando o Cabral por tudo é fácil, mas depois de 519 anos ainda isso? Não tiveram tempo de fazer nada de bom? Parem de culpar a colonização pelas merdas que continuamos a fazer diariamente. O Brasil já é independente e "dono do seu nariz" desde 1822, está na hora, ou melhor, passou da hora de assumir suas próprias responsabilidades.


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Inverdades absolutas

Para além de tudo que acontece em nosso país, talvez em nosso mundo, algo especialmente no Brasil me chama a atenção. Algo que faz com que tudo se amplie de uma forma muito negativa. Muito se fala em intolerância racial, intolerância religiosa, mas o fato é que até nessa hora estamos nos segregando. O problema é a intolerância, com tudo, no geral, uns com os outros, às vezes por nada.  Não me lembro de tanta irracionalidade como nos dias atuais, ainda mais com o imediatismo das redes sociais. As pessoas não tem mais opinião, elas tem verdades absolutas. E se você não as aceita, você é imbecil, idiota, retardado, fascista, nazista, e tudo que é ista que existe em nosso vocabulário, com direito até a neologismos (ainda que muitos o façam por falta de conhecimento da língua mesmo). Eu não sou idiota se penso diferente de você, nobre conhecedor do universo e mestre em verdades absolutas, detentor de toda a sabedoria mundial! Eu apenas tenho uma outra forma de ver a mesma coisa, de acordo com as minhas experiências, com o que a vida me proporcionou. Simples. Estamos perdendo, aliás, perdemos completamente o respeito pelo outro, por suas opiniões, pensamentos, por sua história. O nosso país sofreu um estrago ainda maior do que o que é visível. Eu não me recordo de ver tanta gente lutando por direitos da mulher, do negro, do homossexual e de outras classes, etnias ou como queiram chamar. Sabe porquê? Porque antes não eramos separados. Não nos diferenciavam. Gente era gente. Me lembro com alegria das festas de Cosme e Damião na minha rua no Rio de Janeiro, onde eu e meus amigos que nem me lembro se eram brancos, negros, japoneses, loiros, porque isso não importava, íamos e nos divertíamos. Agora mesmo, uma branca, loira, que ousou falar o que pensa durante um programa de TV onde haviam outros tantos, de diversas etnias e credos, ganhou o primeiro prêmio e é massacrada. Por que ela é branca? Por que ela falou que é contra cotas? Por que ela disse que tem medo de certas religiões? E daí? Isso não é racismo, é a opinião dela. Ela não ofendeu ninguém. Isso a torna menos, ou mais monstro do que os intolerantes que a estão massacrando agora? Ela é branca sim, é loira sim, mas é gente, tem família, como todos nós. Intolerância só vale de um lado? Está absurdamente insuportável assistir tanta gente se achando mais que o outro só porque acha que suas verdades são absolutas, que seu sofrimento é maior. O Brasil tá um porre! Quer dizer, eu posso ser pobre mas como sou branca tenho que ralar pra estudar e entrar na faculdade, cota pra mim não, minha pele me define, azar o meu. Parem de se classificar por cor, por classe, quanto mais fizerem isso maior será o preconceito. Somos humanos, somos iguais dentro de nossas diferenças. Não se igualem aos que tanto desprezam. Não sejam vocês os intolerantes, racistas, fascistas. Não é errado? Então é errado pra todos
Temos que ser iguais sim, mas de verdade e não só de um  lado.
E que venha o mimimi!

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Sobre cabeças e sofás

O que está acontecendo com a humanidade? Todo dia me pergunto isso e sinceramente não consigo entender como a suposta perfeita criação pode estar se perdendo tanto. Hoje mais uma tragédia aconteceu em nosso país. Jovens mortos por outros jovens. Mas o que me chama a atenção ainda mais é a total falta de sensibilidade de muitas pessoas que, superando qualquer bom senso, trataram logo de politizar as mortes de Suzano, aliás, como tudo ultimamente. Tem-se que pensar que o problema não está no objeto usado pelos assassinos, mas sim nos assassinos, no ser humano, que está totalmente selvagem. Com arma branca, arma de fogo, bomba, veneno, na porrada, jogando o carro por cima, pondo fogo, jogando ácido, seja qual for o objeto utilizado, o fato é que o ser humano está sem Deus, a verdade é essa. Não se deve entrar agora no campo da discussão sobre a posse ou o porte de armas. O problema é infinitamente mais profundo. Existem famílias sofrendo, e muito, e tem gente só querendo mostrar que Bolsonaro tá errado, que Bolsonaro isso, Bolsonaro aquilo. Que falta de empatia! As pessoas estão sem coração, sem cérebro. Chego a pensar que Jesus já passou da hora de voltar, pois a criação toda desandou.
Essa discussão, essa politização toda sobre o assunto, me faz lembrar da pessoa que tendo muitas dores de cabeça, resolveu cortar a cabeça, ou do cônjuge traído que, ao pegar a pessoa amada no sofá com outro, joga fora o sofá. Que superficialidade! Como estamos rasos!
Temos que rever sim nossa postura, mas com relação a nós mesmos, não ao que usamos.
Vamos discutir uso de facas? Proibir os carros?
A culpa é do bullying? Mas e a gorducha, o neguinho, o branco azedo, a girafa, magricela, o sardento, a loira aguada, lagartixa, o baleia, o quatro olhos, de nossa época de infância, estão presos em que presídio? Mataram quantas pessoas?
Psicopatas nascem psicopatas. Se não matarem com armas de fogo, darão outro jeito.
Me sinto cansada de tanta superficialidade.
Isso mesmo, culpem o Bolsonaro, deixem só os bandidos armados, e tudo voltará ao normal, como tem sido nos últimos anos, sem mortes, sem violência nenhuma, um paraíso. Só que não. Aliás, os dois rapazes adquiriram suas armas onde mesmo? Legalmente? Foram investigados? Fizeram testes? Não! Fizeram como fazem psicopatas todos os dias, na surdina, e como farão sempre, enquanto não pararmos de nos preocupar somente em cortar cabeças e jogar sofás no lixo.
O mais profundos sentimentos de pesar a todos os familiares de todas as vítimas da estupidez humana no mundo.



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Eu bem que tento...

Pois é. Eu tento deixar de me envolver em política, mas não adianta, ela não me deixa! Desde nova, sempre estive no meio político, e parece que não vou sair dele tão cedo. Lembro que essa minha paixão começou com o grande Mário Covas, exemplo de pessoa, de politico. Aprendi muito naquela época, já no PSDB.  E lá se vão 27 anos! É tempo. Quantas eleições nesses anos todos? Quantos candidatos? Nem sei. 
Mas o que me faz escrever hoje é justamente a comparação que acabei fazendo entre as épocas, já que hoje passei o dia como fiscal do PSDB e tive bastante tempo pra pensar.
Tudo mudou muito. Lembro que naquela época as pessoas eram mais formais, o que tinha um lado que pode até ser considerado ruim, mas que por outro lado nos trazia uma seriedade que nos faz muita falta. Eleição era algo sério, um momento de profunda reflexão. As pessoas se importavam de verdade, era uma solenidade para a qual todos se preparavam, se arrumavam com suas melhores roupas, havia uma seriedade no ar que hoje não consegui detectar, a não ser em alguns mais daquela época. Vi pessoas irem votar quase peladas, e outros como se tivessem acabado de levantar da cama. Pode parecer besteira isso, mas a forma com que nos preparamos para um evento, seja ele qual for, demonstra a importância desse evento para nós. Não é a roupa, é a postura. Foram poucos, felizmente, mas os poucos que vi me fizeram refletir no que elas estavam pensando quando sairam de casa. Provavelmente algo mais ou menos assim: "Ai que saco, deixa logo ir votar pra ficar livre dessa m....". Não percebem que essa m... é a própria vida delas.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a total alienação de alguns. Pessoas que chegavam às portas da cabine sem ter a mínima idéia de quem iriam votar. Paravam na porta meio perdidas, olhavam nas fotos dos candidatos e quase faziam uni-duni-te! Que triste isso! Eleições municipais ocorrem a cada quatro anos, não é algo que aconteça todo mês, algo que nos canse. Uma vez em cada quatro anos! Será que não dá pra gastar um tempinho pra avaliar os candidatos? Pra avaliar o que é melhor para sua própria cidade? Aí, essas mesmas pessoas, esses mesmos alienados que só votam por obrigação, vão sentar e reclamar de tudo, vão infernizar os administradores eleitos, sem se lembrarem que foram eles que os colocaram lá.  
Outra coisa importante: toda galinha cacareja muito quando bota um ovo. Estou louca? Não, eu explico. Não basta fazer, você tem que mostrar que faz, tem que cacarejar seus feitos, se almeja algum cargo público, via política. Você pode até ser um Ghandi, uma Madre Teresa, mas se não falar vai acabar ficando pra trás. Sei bem do que estou falando. Portanto, cacarejem senhores, divulguem suas obras, estejam visíveis, porque fazer sem cacarejar, não adianta, ao menos para se eleger.
Aí vem o que mais me deixou enojada. Sim, enojada. Candidatos que não conseguem mostrar suas propostas ou trabalhos realizados e partem para denegrir a imagem dos adversários. Baixaria. Jogo sujo. O que eu vi acontecer nesta campanha é algo impensável, vai á beira da insanidade mental. Muito triste que as pessoas se sujeitem à maldade, e pior, achem que estão certas. Não parece eleição para administradores públicos, parecem mais torcedores de times de futebol se engalfinhando, numa guerra absurda, onde todos perdem, principalmente a vergonha. Lute pelo seu candidato, mas por ele, não contra os outros. Fale de suas realizações, de suas obras, de seus projetos. O resultado da campanha suja aqui em nossa cidade por exemplo, mostra que não vale a pena. É um tiro no pé. Além do mais, se o seu, ou o meu candidato não é eleito, o jogo passa pra outra fase. Agora a fase é de ajudar os eleitos a melhorarem as nossas cidades e não procurar derrubá-los, já que os prejudicados seremos nós mesmos.
Gente, por favor, usem o cérebro, é uma ferramenta sensacional que nós temos. Parem de pensar pequeno, vejam o macro-ambiente político, pensem e ajam pensando no todo e não apenas nos seus mundinhos particulares.
No mais essa eleição me ensinou muito, muito mesmo. Valeu. Sensação absurda de dever cumprido, de ter feito a minha parte enquanto cidadã. E, se eu um dia precisar reclamar, eu terei esse direito,  eu o conquistei porque trabalhei pra isso. Agora, quem tratou eleição como aborrecimento, como joguinho, como uma coisa menor, devia mais era morder a lingua antes de abir a boca e ficar quietinho.
Meus agradecimentos ao PSDB, meu partido de coração há tantos anos. Orgulho demais de fazer parte e estar do lado de tanta gente boa e vitoriosa.
Enfim, vamos agora a novas lutas. Temos a Lava-Jato ainda com um longo caminho a percorrer, fim do foro privilegiado, e muitas outras batalhas pela frente. E aí, vai ficar sentado reclamando ou vai ajudar?
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E chegou o grande dia!

Quem me conhece há pouco tempo, talvez não entenda a dimensão da minha vibração com o que aconteceu hoje. Eu não estou lutando pelo fim do PT de agora, são anos, no mínimo uns 20 anos, muito antes deles chegarem ao poder, quando eu brigava, e muito, para abrir os olhos das pessoas sobre tudo que hoje infelizmente se comprovou. Adoraria estar enganada. Fui cabo eleitoral do Covas nos anos 80, e de lá pra cá nunca abandonei a luta política. Na campanha de 2010 batalhei muito pela eleição do Serra, e em um grupo do PSDB na internet conheci muitos amigos que tenho até hoje, amigos de luta, amigos briguentos, que dão a cara a tapa pelo Brasil. Quando o grupo foi obrigado a se encerrar por conta do período eleitoral, criamos uma rede chamada LIGA DO BEM. Era uma espécie de Facebook anti-PT. Nem lembro mais quantos associados tinhamos, mas era muita gente. Aliás, foi nessa época, e também a partir da rede do Serra que surgiu, além da Liga, o Revoltados On Line. A Liga acabou mas o Revoltados hoje todos conhecem bem. Muitas brigas, muitas discussões, muitas passeatas, muitas campanhas. Só quem passou por tudo isso sabe o que estou falando e o que significa a data de hoje para nós. Que sejam minhas testemunhas Marlene, Nanci, Paulo, Silvia, Cristiane, Luciane, Cláudia, Vania, entre tantos outros que ainda estão comigo no Face desde aquela época. Chegou o dia amigos. Parabéns a cada um que, à sua maneira, lutou por um ideal. Muitos podem achar loucura, besteira, mas nós, os loucos e bobos estavamos certos e nada disso teria acontecido se tivessem nos ouvido lá atrás. Parabéns a todos que acreditaram, que foram pra rua mesmo com as pessoas falando que não ia dar em nada, que eramos tontos. Valeu! Saudades da Liga! Beijos aos meus queridos amigos da Rede Serra e da Liga do Bem. Sempre juntos! Vencemos uma batalha, das grandes, mas muito há ainda por fazer. Temos que reconstruir um país!

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